Escritor com mania de perseguição.

Corri logo para dentro de casa escrever, sublimar essa minha necessidade de dançar, aparecer, cantar, correr (Bom! Isto exagerei um pouco, correr cansa.), pular e vestir o vestido da mamãe. Não, não sou gay! Respeito, claro! Tenho vários amigos gays. Não é nada disto que está pensando, quando visto as plumas da mamãe, é só... Sei lá, pensa em Belfast nos anos mil novecentos e setenta. Aquelas botas de salto plataforma, ouvindo Janis Joplin, cabelos longos. De trinta e trinta anos a história se repete. Só isso, mesmo. Comecei a pensar sobre o que iria escrever. Fácil, veio à tona rápido. Vou escrever sobre uns amigos que andam cultivando barba. Parece-me que eles andam desprotegidos como eu. Normalmente e raramente saem do sofá para escovar os dentes. No entanto, sei que hora ou outra vão ter vontade de encontrar os amigos em um bar, cantar cantigas e canções medievais. Não sei se eles irão aprovar meus textos, com certeza não! Podem achar que estou roubando suas almas. Nem sabia que escritores tinham alma. Será que eles têm alma? Tem que abrir bem a boca para enxergar bem a alma deles. Deve ser isso! Não consigo abrir bem a boca desses caras. Acho que o que escrevo deve ser uma merda. Mas a maioria aperta Like (Curtir). Ontem, li a resenha de outro colega e ele me criticava ao ultimo, suas palavras me magoaram muito, segue um trecho do texto que Soares comenta sobre mim: “Uma normalidade perene, sua imagem...”. Como assim? Deixei minha barba crescer e faz muito tempo que não saio do sofá. Ainda assim ele fica nas entrelinhas no título do texto, palhaço: “A Itália o melhor lugar para se morar.” Agora vem com essa! Nunca mais vou conversar com esse idiota.
Vou pedir uma pizza Napolitana, estou com fome! 
Alô eu gostaria de pedir uma pizza. 
Sabor? 
Napolitana! 
Como assim com tomates por baixo do queijo? 
Ai meu Deus, você é amigo do Soares? 
Como sabe que eu gosto dos tomates assim?

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