Banda Cultura Snack


Marcus Gusso e Rodrigo Amaral formaram a banda Cultura Snack no dia 04 de junho de 2008 em Curitiba - Paraná – Brasil com a intenção de compor músicas experimentais baseadas na Snack Culture. Rodrigo e Marcus já tocaram nas bandas: Faus, Os Garotos Chineses, OutCry, Alma Negra, Jully et Joe, Fobos d’ Deimos, Aaaaaa Malencarada, Zona Zabba, Máquina, etc.
  

Capa do Album : esta ainda estamos pensando, não está definido ainda.
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Clique aqui e escute duas das músicas que vão entrar no CD

O lançamento previsto é para MArço de 2012
“Cultura Snack”! O que podemos esperar deste nome para uma banda? Exatamente o que o nome diz: cultura em pedaços. Uma colcha de retalhos costurada a mão, detalhada em excesso, e, despida de preconceitos e conceitos. Com mais de vinte anos de carreira, cada músico que compõem a banda carrega sua influência, servindo assim de referência para o certo, aí nos dá mais um motivo para pensar no duvidoso, mas que, como Reginaldo Rossi se transforma em “Cult”. A banda comove pela forma de compor, pois, quando escutamos vemos ali a referência destruída completamente, onde, logo depois volta se construindo em formas musicais que compõem esta colcha de retalhos.
Para quem gosta de assistir os diretores de cinema como: Guillermo Del Toro, Tarantino ou mesmo Akira Kurosawa. Escutar música clássica, óperas Rockabilly, New age, Punk Rock, MPB dentre outros gêneros musicais, vai se sentir em casa, pois, a pluralidade que compõem a banda reserva uma ótima experiência musical para você.

Integrantes: 
Marcus Gusso - Guitarra, Voz e Programações MIDI.
Rodrigo Amaral - Baixo, Voz.
Irineu Almeidasauro - Percussão, Voz.

Lideres e seguidores.

   Estava pensando em como iria começar este texto sobre os lideres e liderados de festa dos anos 70 e 80, o que tenho para falar deles foi pensado no banho, no banheiro, pensei no quarto e no sofá. Aí veio a resposta. Melhor escrever; é óbvio todos vão se interessar! Será?
  
  Claro que ninguém vai ler e, quando existe a possibilidade de ler, não vai ser em um blog, e acabam lendo coisa muito melhor como: Sartre, Camus, Paulo Coelho (coisa de intelectual), Biografia de Pelé (intelectualíssimo), Kant ou Eco (- Em nome da rosa. - Esse muito bom e não posso deixar de frisar!). Bom, o que eu quero colocar aqui é para quem foi educado nos anos de 1974 a 1985, e, olha que eu demorei em conceber essas idéias, foram precisos muitas idas ao banheiro, bem na verdade, eu poderia reuni-las em uma tira do tipo do Calvil e Haroldo, que iria ficar bem bom.
   O caso é o seguinte: Certo dia, andando pela rua, acabei encontrando um colega de classe lá daquela época de 4ª série e, ele tava super bem, cheio de tecnologia ao seu redor, era Ipod pra lá e Iphone pra cá, ah, e o carro, esse estava no estacionamento (deixou a dúvida na marca). Acabei de comprar, disse ele. Aí pensei, eu to a pé com o celular quebrado e, ainda por cima, estou indo dar aula particular, também havia acabado de comprar um carro, mas falar disso vai parecer que... Bom, assim foi; a única coisa que não atinei é: Por que ele ta me mostrando e falando tudo isso? Será que to dando na cara que a vida ta complicada, e, ele fazia questão de mostrar tudo àquilo pra me impressionar, mas, acabei descobrindo mais tarde que, a única coisa que não desvendei deste episódio foi, se tanta falação havia sido intencional ou por pura auto-estima-baixa.
   Devo admitir, passou pela minha cabeça essas idéias, mas, em nenhuma eu refleti. Foram tantas coisas legais em seu falatório, que, dentre suas histórias havia lembranças de infância as meninas da escola e outras coisas legais, aonde trabalhou, onde ele estava trabalhando e os clientes que atendia, e assim foi, até que, veio a pergunta fatal: O que você ta fazendo aqui? Ele me pergunta como se fosse estranho um homem àquela hora estar andando pela rua. Estou indo dar aula; é um cliente da minha agência de propaganda que, precisa de orientações para usar a tecnologia disponível. Nossa! Você também trabalha com propaganda! Sim, eu respondi com certo receio, pois a agência era pequena, mas, como eu queria pelo menos me igualar às peripécias financeiras do meu colega, contei logo sobre meus clientes e como estavam as coisas. Aí, veio: Vamos trabalhar juntos? Pensei, caraca pode dar certo, se ele realmente tem esses clientes que falou, vai ser mais que uma alavanca para tudo que quero fazer com a agência. Vamos nessa, respondi na hora. Em resumo da ópera, ele começou a trabalhar comigo, analisou meus defeitos e agora atende sozinho todos os meus ex-clientes e minha agência, bom, isso é outra história. Ah, ele só trouxe somente um cliente para essa parceria, enquanto os meus, eu bem burro, apresentei toda a carteira de clientes. E assim foi. Geralmente me recupero bem rápido de problemas e, é o que está acontecendo, mas escrevi tudo isso só para dar uma introdução do que aconteceu com as pessoas lideres e liderados desta época que foram os anos 70 e 80.
   Existiram vários tipos de personalidades nesta época, mas, todas elas tinham algo em comum: Foram educadas pelas mini-séries americanas e por uma escola que, com medo de ainda ser reprimida pelos militares, educava de forma concreta e totalmente formal. Consegui classificar alguns de meus colegas para essa campanha, e são eles: O líder, o liderado e o nerd, este ultimo não podemos classificá-lo de Geek, pois a tecnologia era bem limitada na época e, só o muito rico possuía um computador, tinha o Atari que até já estava ficando normal, mas ainda, depois do lançamento, levou uns quatro anos para toda casa ter um.
   Vou começar com o líder, esse foi capaz de movimentar a massa, tanto a feminina quanto a masculina, este tipo tem algumas subdivisões, pois, era comum o sujeito não se dar bem em algumas dessas tribos e na maioria das vezes ficava dividido assim: Punks, Dark’s, Surfistas, Rastafáris, Mauricinhos e Patricinhas, estes dois últimos fazendo referência ao seriado Bervely Hills, 90210 que estreou no Brasil nos anos 90.
Claro que, devo explanar todos eles, pois, é importante para que meu pensamento não fique só na questão sociológica, antropológica ou antropofágica da coisa, deve ir mais além. Vou começar então pelo líder surfista, este acordava muito cedo, comia uma banana com sucrilhos pela manhã e já era o suficiente, levava sempre um iogurte para tomar no meio da manhã e mostrava assim que estava saudável, o cabelo, este sempre com parafina ou se a parafina demorasse em fazer o efeito, metia logo água oxigenada para clarear.
O líder deste gênero geralmente se colocava a frente da moda, o cabelo já estava loirinho ha muito tempo e sua pele morena do sol praticamente eram de nascença, ter uma carteira Op e o chaveiro da HS era o máximo, surfar na praia brava, isso sim. Admirado por sempre conversar com as meninas e beijá-las no rosto; enquanto quando muito os mortais davam oi de longe. Geralmente ele estava no mar antes de todos e, depois do almoço o procuravam em casa para sair. Claro que ele deixava um chegar esperava outro e quando já tinham umas cinco da galera no quartinho de 2x3(sufocante), ele avisava que iria sair só mais tarde e, quando os amigos ligavam mais tarde, ele já havia saído para o barzinho e normalmente, sentado no mínimo com umas três meninas.
“O-loco-mano”. A turma pensava; como ele consegue?
Simples, ele ligava para uma delas, e perguntava onde elas iriam estar naquela noite e, não as convidava para sair.
- Esperto? Sim!
Se ele as convida, vão achar que ele está com outras intenções. E aí, tudo armado, lá estava ele, dava tchau de longe para os amigos, as vezes nem um aceno, e, caso as meninas não aparecessem como no lugar como haviam falado, ele saia rápido para não dar na cara que estava sozinho. Com o tempo, ele também ia sendo reconhecido pelas meninas, pois, não era chato, ficava ali conversando. Contava historinhas de surf e falava na cara com que tinha vontade de namorar ou ficar, coisa que menina adora!
Hoje, o líder surfista tem: loja de surfe ou é empresário relacionado ao mar, muito raro quando formado em algum tipo de engenharia ou biologia marinha, alguns que foram para a Austrália ou pararam no Havaii, ainda estão por lá.
Agora vamos para o líder Punk, esse é um dos mais difíceis, ele foi pouco difundido na região, e acabou se confundindo muitas vezes com maloqueiros infiltrados. Como as reuniões do grupo aconteciam no centro da cidade ou em praças, sem que o líder percebesse, o “chutão” já estava no movimento, conhecido assim por ser ladrão pequeno, batedor de tênis Nike de cano auto. Como o movimento aqui no Brasil não possuía o glamur do londrino, eles se abasteciam de rasgar as camisetas, calças e comprar correntes em lojas de materiais de construção, fácil para o “chutão”, aí estavam às armas e podia assim andar na rua XV chamando a atenção somente para o vestuário alternativo. Hoje o líder punk trabalha como carteiro, moto-boy ou foi dono de bar na cidade, alguns deixaram o movimento no inicio e foram estudar música ou outra coisa nada haver.
O líder Dark, muito bom!
Intelectual da morte, mas, se bem que era legal, pois, foram os que mais queriam falar de questões sociais, o líder não vacilava, ia para o bar e recitava poemas, onde, todos escutavam...
Continua...

Desvendando

 Tecnica: Mista

 Tamanho: 0,80 x 0,50 cm Suporte: Papel Couro e Livro



Este livro foi até a praia.
É gratuita a leitura. Baseada em que? Simples assim. Levei para a praia e lá ficou, incrustada na areia molhada, fixou naquele lugar. Logo viria uma onda e levaria tudo embora, então, retirei o pedaço com uma pá e trouxe para casa. Ficou assim, nunca mais pude ler essas páginas, nem lembro bem ao certo o que havia ali. Uma história; não lembro.
Em outro lugar.
Carreguei outro livro subindo a montanha, este, cada vez que eu parava para descansar, servia de horizonte para os olhos, cada linha se transformava pelo silêncio da montanha, lembro de cada detalhe. Sentado em rochas, descansava a mente enquanto absorvia aquelas linhas e, alternativa o descanso na leitura na vista para o outro horizonte natural. Este desapareceu; esqueci em uma pedra.
Ah! O título era “A queda” de Camus.

Entrevista concedida por Mônica Zielinsky – Catalogação das obras de Iberê Camargo

Mônica Zielinsky
Professora do Instituto de Artes da UFRGS e integrante do Conselho de Curadorias da Fundação Iberê Camargo.

Como foi trabalhar com a genealogia de Iberê Camargo, no aspecto da reflexão em sua obra?
Esta visão é bastante rica para os estudos da obra de Iberê, pois retraçam-se por ela seus caminhos desde a época de sua formação até a atualidade. Compreende-se nesta perspectiva as influências sobre sua obra, as suas relações com o meio de arte e com os artistas, etc.
Chegou algum momento na pesquisa que, se percebeu que os carretéis seriam mais que uma simples investigação de Iberê?
Os carretéis eram vinculados à sua infância ao ver sua mãe costurar. Mas eles são assuntos para suas obras a partir de 1958, quando ele deixou de pintar ao ar livre por problemas de saúde. São investigações em sua obra sim, eles são presentes até o final de sua produção.

Existiu alguma referência artística no trabalho de Iberê Camargo, uma pesquisa na palheta de “tal pintor” ou movimento, que realmente ficou refletida ao longo dos anos?
Iberê não gostava muito de falar sobre influências, mas sabe-se que muitos artistas foram significativos para seu trabalho, especialmente os de herança européia. Entre eles, valorizava os pintores Rembrandt, Rouault, Goya, Picasso e Matisse, entre muitos outros. Admirava também Goeldi na gravura e também as gravuras de Goya em especial.
Fundação Iberê Camargo

Como é trabalhar com patrimônios culturais?
Um trabalho movido por uma constante consciência ética, mas também gerador de grande prazer, por se trabalhar com a produção artística, algo sempre atraente e permeado por pontos polêmicos para discussão.
A Fundação Iberê Camargo está ligada a instituições de ensino?
A Fundação Iberê Camargo não está ligada em sua estrutura a instituições de ensino, porém alia-se à universidade em convênios, como por exemplo, com o UFRGS para  o trabalho da catalogação de sua obra (trabalho pelo qual sou responsável).
Existem verbas na Fundação Iberê Camargo para pesquisas, elas são patrocinadas por empresas privadas ou se utiliza da Lei de Incentivo a Cultura?
A Fundação Iberê Camargo é uma instituição privada e sem fins lucrativos. Para desenvolver seus projetos ela lança mão das leis de Incentivo à Cultura e de Editais e, através desta, recebe o apoio de outras empresas privadas.
Existe alguma tendência na arte contemporânea atualmente?
A tendência hoje na arte contemporânea é precisamente sua extrema abertura a todas as tendências, a todas as mesclas culturais e de produção. Por isso se diz que ela é plural e multicultural dentro de um sistema de arte global.

Entrevista cedida por e-mail a Rodrigo Ferreira do Amaral 30/11/2010 
Imagens retiradas de entrevista do site da UFRGS Alexandre Lucchese, estudante do 7º semestre de Jornalismo da Fabico — Especial para o JU, Título: A arte que está lá fora

Fim de semana no MON tudo para ver Chagall. Com manos e minas, cachorros e cadelas afins



Ontem fui passar um fim de tarde com a Silvia no MON para ver alguns trabalhos expostos no museu, impressionante o numero de manos, minas, cachorros, cadelas afins naquele lugar, mas o que realmente importou foi ver trabalhos de Salvador Dalí, Picasso, Chagall, Klee, Gary Hill, dentre outros.
Um que me fez parar e pensar foi o de Christian Boltanski, o trabalho simplesmente flui para nós, o que se espera? É como declínio da sociedade em espera e sem parentes, somente a lembrança. Não sei se foi como colocaram o trabalho no local, mas, me deu a impressão de ser uma cidade cheia de nomes e de cores, as imagens se transportam para fora da caixa facilmente, e teimo em dizer que aquilo me pareceu uma “Sitcom” bem americana, você ri e chora com uma facilidade.

Teio Meedendorp perito em Vincent Van Gogh

Theo apresenta a Vincent um pintor chamado Van Rappard. Seguindo o conselho de seu irmão Theo, Vincent Van Gogh em outubro de 1880 fez uma visita a Anthon Van Rappard, em Bruxelas. Em Março do ano seguinte uma amizade entre os dois artistas pareceu ter se desenvolvido; Van Gogh e Van Rappard trabalharam em um atelier. Mais tarde, Van Gogh em suas cartas a Theo expressou profundo apreço por Van Rappard. A correspondência entre os dois artistas começou com seus pensamentos artísticos. Um total de cinco anos a amizade sobreviveu, com 55 cartas escritas. Alguns anos atrás, elas foram adquiridas pelo Museu Van Gogh.


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Texto original
quarta-feira 17 de novembro de 2010

Uma exposição em Curitiba de Gerhard Richter

  • 128 Fotos von einem Bild (Halifax 1978) II
    128 Details from a Picture (Halifax 1978) II
  • 1998
  • 64.2 cm x 100.6 cm
  • Cardboard portfolio with cloth cover containing eight offset prints on cardboard coated with varnish
  • Editions CR: 99
  • Abstraktes Bild
    Abstract Painting
  • 1990
  • 62 cm X 82 cm
  • Oil on canvas
  • Catalogue Raisonné: 717-1
   Um artista alemão conhecido como um dos mais importantes atualmente, ainda atuante. Isto no século XX e XXI? Está acontecendo mesmo? Um artista do nosso tempo, sendo idolatrado pela classe das belas, por marchands, por museus, por galerias, dentre outras espécies que cultivam e gostam de arte. Uma espécie de “Elvis Presley” das artes plásticas, um pop, às vezes uma droga, mas quase sempre perfeito. Esta foi a impressão que tive ao andar pela exposição na Casa Andrade Muricy de Gerhard Richter promovido pelo Goethe-Institut e Institut für Auslands-beziehungen (IFA).

   Andando junto à curadora pude ouvir seus passos em direção ao pensamento de Richter, e, percebi enquanto ouvia sua voz, logo a minha frente, fotografias desfocadas que lembraram minha infância, quando, nas frustrantes tentativas, de fotografar alguma coisa e depois na revelação ver que as imagens haviam saído perfeitamente desfocadas, ou mesmo, sem pés, ou cabeças, em que, as pessoas ficavam praticamente de fora e sem qualidade alguma de espécie, pareciam fotos retiradas de uma embarcação afundada a milhares de anos.

Um retrato do que escrevi acima parece aparecer no texto de Nietzsche em Crepúsculo dos Ídolos, que, escreve em um dos textos sobre o Belo e o Feio “No fundo, o homem se espelha nas coisas, ele julga belo tudo aquilo que devolve sua imagem: o juízo “belo” é a vaidade de sua espécie...“, realmente esperei ver algo que tocasse por inteiro, tanto nas fotos que tirava quando criança quanto na exposição de Richter, esperei, esperei e esperei mais um pouco... Nada. Até que em uma das salas, vi várias imagens, juntas uma das outras, compondo o que parecia ser fotos daquelas tiradas por satélite, mas de um ângulo bem menos alto, não era! Eram fotos tiradas de uma pintura a uma distância de uns 30 cm mais ou menos, as imagens eram dispostas com uma margem de uns 2 cm, praticamente uma borda separavam uma das outras.

   Aí pensei. - Grande idéia! Fotografar a pintura e recriar outra pintura, ou... Outra fotografia... Não espere... Impressão offset? Isto foi feito em uma gráfica? Quando li aquela etiqueta fiquei parado pensando, e me perguntei. Como pode ser assim? A pintura que vira fotografia, que é reproduzida, que é digitalizada, e, reproduzida por outro, que é novamente fotografada e reproduzida para este texto e, que pode ser impressa por outra pessoa que se interesse pelo assunto e coloque em seu quadro de colagens que relembram algum fato da vida, e é assim, um Richter, que discute a reprodutibilidade na arte e o gesto de ser arte e estar arte.